sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Melão de Mossoró está próximo de obter Indicação Geográfica

 

Melão de Mossoró está próximo de obter Indicação GeográficaRegistro do INPI atesta qualidade e garante apoio à região e ao produtoBrasília - Depois de dois anos de pesquisas e estudos com participação ativa do Sebrae, o Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex) e parceiros finalizaram a documentação que busca a Indicação Geográfica de Procedência para o melão da região de Mossoró. O procedimento de produção adotado na área, encaminhado no último dia 28 de novembro ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), qualifica o produto. Segundo informações do instituto, o registro pode demorar de seis meses a um ano para ser deferido.
 

O Rio Grande do Norte é o maior produtor nacional de melão, com cerca de 250 mil toneladas por ano, e a região de Mossoró exporta 66% da sua produção para a Europa. A qualidade da fruta já é reconhecida internacionalmente. Com o registro, ela pode ganhar novos mercados na América do Norte e Ásia.

A Indicação de Procedência “Melão de Mossoró” dará exclusividade e identidade ao produto. “Esse referencial de procedência traz um diferencial. Também servirá para proteger a economia regional da concorrência ilegal ou desigual, que produz alimentos parecidos sem seguir os padrões que conferiram as características especiais ao melão”, explica a analista de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Hulda Giesbrecht.

No Brasil, são 14 os produtos com Indicação Geográfica. Entre eles estão os doces de Pelotas, os vinhos do Vale do Vinhedo, a carne do Pampa Gaúcho e o café do Cerrado. Segundo Hulda Giesbrecht, foi pela participação em edital de apoio a projetos de indicação geográfica do Sebrae que o Coex teve seu projeto aprovado em 2008 e conseguiu os recursos para realização dos estudos e organização dos documentos necessários para comprovar a reputação dos produtos da região de Mossoró.

Estudos

A analista técnica do Sebrae no Rio Grande do Norte, Lorena Roosevelt, que acompanhou o processo desde as primeiras consultas, conta que os documentos são fruto de levantamentos de dados sobre forma de produção, variedades e depoimentos de pessoas que conferem reconhecimento ao melão de Mossoró pela sua qualidade, entre outros. “Juntamos tudo que diz respeito ao tema, como teses universitárias, reportagens e pesquisas da Universidade Federal do Semiárido sobre a produção do melão”, explica Lorena.

A analista do Sebrae diz ainda que um representante do INPI, da Coordenação Geral de Outros Registros e responsável pela Indicação Geográfica, Raul Bittencourt, esteve em Mossoró no início do processo. Ele explicou quais os passos e exigências que precisariam ser cumpridos para se chegar ao selo. “O Sebrae conduziu este processo junto com o Coex e contratamos o consultor Roberto Castelo Branco. Ele foi responsável pela consultoria nos processos de indicação geográfica de outros produtos como a manga e a uva do Vale do São Francisco”, informa Lorena, segura de que o procedimento terá êxito. (Agência Sebrae de Notícias em 15/12)

sábado, 8 de outubro de 2011

49º FESTA DO BOI

AGENDA DE LEILÕES

Local: Parque de Exposições Aristófanes Fernandes
Período: 08/10/2011 até 15/10/2011

D A T A
HORÁRIO
N O M E  DO
L E I L Ã O

PROMOTOR
R A Ç A(S)
L O C A L
08.10.2011
(sábado)
20 horas
Leilão Gir Leiteiro Nordeste
(Balde Cheio)
Eduardo Melo
GIR Leiteira
Tatterssal
Sen.José Bezerra
09.10.2011
(domingo)
20 horas
Leilão da EMPARN & Convidados
EMPARN
Mult Raças
Tatterssal
Sen.José Bezerra
10.10.2011
(2ª feira)
20 horas
Leilão  Aliança do Leite
Antônio Téofilo
Mult Raças
Tatterssal
Sen.José Bezerra
11.10.2011
(3ª feira)
20 horas
XXI- Leilão Oficial da ANQM
ANQM
Quarto de MIlha
Tatterssal
Sen.José Bezerra
11.10.2011
(3ª feira)
19 horas
I-Grande Leilão da Interação das Raças Caprinas e Ovinas
Alexandre Confessor    Eduardo Melo
Mult Raças
Pista de Julgamento da ANCOC
12.10.2011
(4ª feira)
20 horas
Leilão  União Potiguar
Bira Rocha
Dorper
Tatterssal
Sen.José Bezerra
13.10.2011
(5ª feira)
20 horas
Sindi Estrela 2011
Orlando Cláudio
Ricardo Lemos: careca
José Geraldo
Sindi
Tatterssal
Sen.José Bezerra
14.10.2011
(6ª feira)
20 horas
II-Leilão Estrela Festa do Boi
Camillo Collier
Guzerá e Nelore
Tatterssal
Sen.José Bezerra
15.10.2011
(sábado)
20 horas
II-Leilão Matrizes
Antônio Teófilo
Vacas Leiteiras
Tatterssal
Sen.José Bezerra




































 

 

PROGRAMAÇÃO DE SHOWS 49º FESTA DO BOI

Local: Parque de Exposições Aristófanes Fernandes
Período: 08/10/2011 até 15/10/2011
08 de OutubroZezé di Camargo & Luciano, Amigos Sertanejos, Forró Sacode e Forró Salgado

11 de Outubro: (Véspera de FeriadoDorgival Dantas, Waldonys, Deixe de Brincadeira e Sirano e Sirino

14 de OutubroGarota Safada, Jammil, Banda Grafith e Forró de Luxo

15 de OutubroPsirico, Parangolé, Cavaleiros e Forró da Pegação

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

DICA: Como Plantar Pimentão

Consenso entre muitos nutricionistas, uma refeição colorida estimula o apetite e assegura uma alimentação equilibrada às pessoas. O pimentão (Capsicum annuum) é uma das hortaliças que colaboram para dar ao prato um visual vibrante, sem deixar de lado seu papel como fonte de vitaminas e nutrientes ao consumidor. Em receitas para o Natal, o legume também cai muito bem por contar com as cores verde e vermelho, tons que simbolizam a celebração do fim de ano.
Espécie semiperene, o pimentão pertence à família das solanáceas, a mesma da batata, tomate, jiló, berinjela e das pimentas em geral. Oriundo do continente latino-americano, sobretudo do México e da América Central, o fruto tropical se espalhou pelo mundo após a chegada do colonizador europeu. Daqui, foi levado para África, Europa e Ásia por embarcações portuguesas. Após vários anos de cruzamento, hoje o pimentão híbrido encontrado no mercado nacional tem formato quadrado alongado e casca espessa. Seu cultivo está disseminado na maior parte do país, tendo como principais estados produtores Minas Gerais e São Paulo, com 40% de todo o volume nacional.
Importante fonte de vitamina C, o pimentão atende às necessidades diárias de até seis pessoas. Algumas variedades superam os teores encontrados em frutas cítricas, como laranja e limão. Mas, quando seco, a vitamina é quase totalmente eliminada, e no cozimento a perda chega a cerca de 60%. O pimentão ainda fornece boas quantidades de cálcio, fósforo e ferro e é dotado de baixa caloria, característica muito procurada pelos consumidores preocupados com o peso. Possui também propriedades que beneficiam pele, unhas e cabelos. Os frutos podem ser consumidos verdes ou maduros, crus em saladas, no preparo de molhos, assados ou cozidos. Há cultivares que servem para a produção de páprica - pimentão em pó.
As sementes de cultivar são encontradas em envelopes de 5 e 10 gramas e em latas de 50, 100 e 250 gramas, com preços que variam bastante. Vendidos por número de sementes, os híbridos são mais caros. Enquanto uma lata de 50 gramas de cultivar sai por cerca de R$ 20, um lote de mil sementes híbridas custa de R$ 150 a R$ 200 no mercado. Em alguns casos, pode chegar a R$ 500.
 RAIO-X
SOLO: úmido, mas não encharcado, e sem salinidade
CLIMA: temperatura na faixa entre 21 e 27 graus célsius
ÁREA MÍNIMA: cerca de 300 gramas de sementes cobrem um hectare
COLHEITA: após 100 dias do plantio
CUSTO: mil sementes de híbridos custam de R$ 150 a R$ 200

 MÃOS À OBRA
INÍCIO - a propagação do pimentão é feita por sementes, mas antes devem ser preparadas as mudas que serão transplantadas para o local definitivo. O uso de copos de jornal, papel ou de plástico descartável em sementeiras é uma opção simples e fácil. Em sistemas tecnificados, são utilizadas bandejas de isopor de 128 células para substratos enriquecidos com adubos químicos. No caso de agricultura orgânica, recomendam-se bandejas de 72 células, pois são adotados somente substratos orgânicos. Para conseguir boas mudas, a dica é colocar as bandejas em estufas ou viveiros. O transplante ocorre entre 35 e 40 dias após a semeadura.
AMBIENTE - o pimentão é exigente em calor e alta luminosidade. As temperaturas mais adequadas para o plantio vão de 21 a 27 graus célsius. Em regiões de clima temperado, o cultivo deve ser feito nos períodos menos frios e com menos riscos de geadas. Em locais frios ou com altitudes acima de 800 metros, deve-se fazer a semeadura do pimentão entre os meses de agosto e fevereiro.
PLANTIO - plante canteiros em solos mais úmidos. Encharcados e salinos não são tolerados pelo pimentão. A salinidade pode ocorrer principalmente em cultivo em estufas ou por uso excessivo de fertilizantes químicos. Evite também áreas que já foram cultivadas com batata e tomate, pois, como são da mesma família, possuem doenças transmitidas pelo solo em comum. O espaçamento ideal para a cultura é de 1 metro entre linhas e 50 a 60 centímetros entre plantas, principalmente para cultivos orgânicos. Em locais protegidos, deixe distâncias de 30 a 40 centímetros entre plantas e 80 centímetros entre linhas.
ADUBAÇÃO - a adubação deve ser definida a partir da análise química do solo e uma consulta a um engenheiro agrônomo. Em geral, são usadas formulações de adubos químicos (NPK 4-14-8, 4-16-8, 4-30-12) e, em cobertura, adubos ricos em nitrogênio, como ureia, sulfato de amônia e ainda formulações de NPK 20-00-20 e 10-10-10. No cultivo orgânico, utiliza--se composto orgânico na proporção de 3:1 de material vegetal e estercos, além de fosfato de rocha natural e adubações de cobertura com compostos fermentados tipo bokashi - composto de farelos fermentado muito rico em nutrientes e micro-organismos. Deve ser feito aos 30, 60 e 90 dias após o transplante.
Irrigação - faça irrigações pelo sistema por aspersão ou gotejamento, mais indicado para o cultivo protegido. O pimentão gosta de água, principalmente no período de floração e desenvolvimento de frutos. A falta de água pode causar podridão apical dos frutos, devido à deficiência de cálcio. Contudo, cuidado com o excesso de regas, que pode aumentar o risco de doenças foliares e tornar o solo prejudicial para o plantio.
CUIDADOS - mantenha as plantas livres de competição com o mato até 60 dias após o transplante. Ramos e folhas abaixo da primeira bifurcação, inclusive a flor ou o fruto, devem ser eliminados. Em cultivos protegidos, selecione quatro hastes acima da primeira bifurcação para conduzir a planta e eliminar as demais. Sem esses procedimentos, há uma redução da produção, que pode chegar a 40%. É ainda fundamental realizar o tutoramento. Amarre as plantas em estacas de madeira ou de bambu individuais para evitar o tombamento.
PRODUÇÃO - de 100 a 110 dias após a semeadura pode se iniciar a colheita, a qual se estende por quatro a cinco meses, com produtividade média de 35 a 40 toneladas por hectare. Em estufas, a colheita demora um pouco mais, até 9 meses. Porém, a produtividade média sobe para até 150 toneladas por hectare. Em cultivos orgânicos, a produtividade varia de 25 a 30 toneladas por hectare.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MIL E UMA UTILIDADES

Derivados de alto valor atendem a indústrias em diversos ramos de atuação
Para o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho (Abramilho) e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, a cultura vive um momento de transição importante. “O milho deixa de ser visto pelo binóculo da soja para ter vida própria nas lavouras”, afirma. Para ele, os preços continuarão dando as regras do mercado, mas a demanda crescente por alimentos também passará a comandar o jogo. “Em curto prazo, os EUA precisam de milho para o etanol, ainda mais agora, com a quebra da safra provocada pelo clima, e os chineses querem comer mais carnes. No médio prazo, a agroindústria brasileira vai demandar milho para agregar valor à matéria-prima e, em um futuro não muito distante, todos esses fatores convergem”, explica o ex-ministro. Mas, além da agroindústria, outra forte tendência para o milho é sua utilização para a recuperação de pastagens degradadas, que deve ganhar fôlego no país nos próximos três anos. Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, cooperativa localizada na região noroeste do Paraná, defende o plantio das lavouras do cereal no processo (leia artigo nesta edição). “O milho é uma das melhores alternativas para a recuperação das pastagens degradadas do Brasil ou, pelo menos, poderá recuperar 100 mil hectares delas. E essa tarefa o produtor rural vai ter de aprender a fazer nos próximos anos para preservar o ambiente”, afirma. De acordo com o presidente da Cocamar, o milho reduz os custos de recuperação dos pastos e dá liquidez ao produtor. O agrônomo João Cuthcouski, da Embrapa, diz que, quando consorciado com a braquiária, a produtividade é alta. “Em Goiás, chegamos a 52 toneladas de silagem de milho por hectare na recuperação dos pastos”, afirma o pesquisador.


Embrapa participa do evento que inclui seminário, audiência pública e exposição com o objetivo de apresentar a trajetória da agricultura brasileira

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participa nesta segunda-feira (3/10) da Semana da Pesquisa e Inovação na Agropecuária, que prossegue até sexta-feira (7/10).
O evento promovido pela Câmara dos Deputados é uma iniciativa da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, presidida pelo deputado Lira Maia (DEM/PA). A programação inclui seminário, audiência pública e exposição com o objetivo de apresentar a trajetória da agricultura brasileira, dando ênfase às tecnologias e inovações desenvolvidas pela pesquisa e levadas para o campo pela assistência técnica e extensão rural.

O Seminário Internacional de Inovação Agropecuária foi concebido para ser um espaço que debata os rumos da gestão de inovação na pesquisa, como subsídio ao desenvolvimento científico e tecnológico.
A exposição Pesquisa e soluções agropecuárias: para o Brasil, para o mundo traz paineis que contam a história da pesquisa agropecuária brasileira e da assistência técnica e extensão rural, desde seus primórdios. A linha do tempo percorre os primeiros institutos de pesquisa e fazendas-modelo, até chegar ao desenvolvimento de tecnologias que tornaram possíveis, por exemplo, a adaptação de soja e uva às regiões tropicais.

Além da Embrapa, as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas) e Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematers) e outras instituições participam do evento.

A Semana da Pesquisa e Inovação na Agropecuária é uma promoção da Comissão de Agricultura, com apoio das Frentes Parlamentares da Pesquisa e Inovação e da Assistência Técnica e Extensão Rural. A realização envolve Embrapa, Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa (Consepa) e Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer).

Fonte: Revista Globo Rural

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Frutas secas regionais conquistam o mundo

Umbu, xiquexique, mandacaru, entre outras delícias dos biomas do Brasil dão toque diferente à mesa do consumidor e ampliam os negócios de produtores e comerciantes.

No Mercado Municipal de São Paulo, a loja de Leonardo Chiappeta chama a atenção. O colorido das diversas frutas secas estrategicamente dispostas na vitrine do Empório Chiappeta atrai centenas de consumidores, ansiosos pelas novidades garimpadas pelo comerciante. Há mais de 10 anos, ele vende o produto desidratado, mas foi o trabalho com produtores rurais do Nordeste que impulsionou uma nova oportunidade de mercado.


Caqui e jenipapo secos

Convidado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2004, para ensinar o processo de secagem de frutas a agricultores do Piauí, Leonardo enxergou nas frutas regionais a possibilidade de inovar o segmento, ajudando a gerar renda para as comunidades locais e preservar produtos tipicamente brasileiros. O que começou com o caju piauiense avança, agora, para outros estados que antes, muitas vezes, desperdiçavam grande parte da produção, como o xique-xique, o umbu e o mandacaru da Caatinga, além de frutas de outros biomas do país.

Leonardo afirma que, atualmente, o Brasil produz 42 milhões de toneladas de frutas, mas nem 1% desse volume é desidratado. O produto que passou do estágio de consumo acaba sendo inutilizado, mas pode ser aproveitado com a secagem. “Há uma janela enorme de mercado aberta. É preciso valorizar o que é nosso e investir naquilo que é ecológico e socialmente sustentável. Oferecer o artesanal, mas melhorar as condições rudimentares de apresentação desses alimentos”, comenta

Processamento

O processo milenar se sofisticou com o passar dos anos. Na antiguidade, a secagem era natural, feita com exposição ao sol, e o método ajudava a preservar os alimentos. Com a percepção de que o produto durava mais – geralmente um ano –, as frutas foram incluídas no cardápio militar, nas guerras do século 20, quando os países desenvolveram novas técnicas de desidratação.

Caju e até melancia rendem frutas desidratadas que podem
ser consumidar puras ou utilizadas na culinária
Nos estados onde estão sendo desenvolvidos as frutas secas brasileiras, o Sebrae aloca recursos para a instalação de estruturas de secagem, com fornos especiais para realizar o processo. O trabalho é realizado em conjunto com produtores envolvidos em cooperativas. O agricultor seleciona o fruto no seu melhor estágio (maduro, mas não passado, que já não vai mais para o mercado) e o beneficiamento é feito na região. “A ideia é que processamento permaneça nas localidades onde os produtores estão instalados, assim tem trabalho para todo mundo”, diz Leonardo.

Os cortes das frutas são diversos, mas depende do produto e da aplicação que ele terá. Todo o trabalho é guiado por Leonardo, engenheiro mecânico de formação, e apaixonado pelo processo. Além de durar mais, a secagem concentra os nutrientes, o que ajuda a aumentar ainda mais a procura pelo produto.

Mercado

O umbu da Caatinga se destaca pela beleza do produto e
 pelo sabor preservado pelo processo de secagem

A estrutura básica para produção custa cerca de R$ 100 mil. Para exportação, o investimento é maior e pode chegar a mais de R$ 1 milhão. “A gente tem condição de exportar. A banana já está neste nível. Isso vai para o mundo todo. Já temos canais de distribuição na Espanha e na Itália, mas precisamos ficar mais competitivos. Os produtores precisam evoluir com certificados e absorção de tecnologias”, explica.

Hoje, o desenvolvimento de projetos em frutas secas é realizado com agricultores de diversas regiões do país como Amazônia (cupuaçu, graviola, taperebá, açaí), Caatinga (umbu, xique-xique, mandacaru, maracujá), Cerrado (baru, caju, cagaita), Pantanal (pequi, manga), Mata Atlântica (caqui, goiaba, maçã, caju), Pampa (pinhão, bergamota, pêssego) e Costeiro (coco, abacaxi, jaca, banana, manga).



Os produtos foram apresentados para a rede de supermercados Pão de Açúcar e já começam a ser comercializados. Em São Paulo, o empório Santa Luzia também destaca as frutas em suas gôndolas e as três lojas da família Chiappeta estimam vender este ano cerca de 20 toneladas dessas iguarias, onde os preços variam de R$ 12 a R$ 120 o quilo.